São Galo
489-554
Filho de pais nobres e ricos, descendente de
família tradicional da corte da França, Galo nasceu no ano 489, na cidade de
Clermont, na diocese de Auvergne. Foi tio e professor de outro santo da Igreja,
o bispo Gregório de Tours.
Na sua época era costume os pais combinarem os
matrimônios dos filhos. Por isso ele estava predestinado a casar-se com uma
jovem donzela de nobre estirpe.
Mas Galo, desde criança, já havia dedicado sua alma
à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de
casa, refugiando-se no convento de Cournou,
daquela mesma diocese.
Após intensas negociações, seu pai acabou
permitindo que ele ingressasse na comunidade monástica. Foi assim que Galo
iniciou uma carreira totalmente voltada para a fé e aos atos litúrgicos. Ele
era tão dedicado às cerimônias da santa missa que se especializou nos cânticos.
Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma
voz maravilhosa, que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do
convento.
Mas suas virtudes cristãs não se limitavam às
liturgias. Sua atuação religiosa logo lhe angariou prestígio e, em pouco tempo,
foi designado para atuar na corte de Teodorico, rei da Austrásia, atualmente
Bélgica. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e
respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.
Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade,
para atender às necessidades do seu rebanho Galo protagonizou vários prodígios
ainda em vida. Um dos mais citados foi ter salvado a cidade de um pavoroso
incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais. As
orações de Galo teriam aplacado as chamas, que se apagavam na medida em que ele
rezava. Outro muito conhecido foi o que livrou os habitantes de morrerem
vítimas de uma peste que assolava a região. Diante da bênção de Galo, o fiel ficava
curado da doença.
Ele morreu em 1o de julho de 554, causando forte
comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor
e necessidade, antes mesmo de sua canonização ter sido decretada. Com o passar
dos séculos, são Galo, foi incluído no livro dos santos da Igreja de Roma, cuja
festa litúrgica foi mantida no dia da
sua morte, como quer a tradição cristã.
FONTE: Paulinas em 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário