Santo Eugênio, zelava pela salvação das almas
Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um
foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se
tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no
fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus
como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu
a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois
inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A
Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava
instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso
chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo
Espírito Santo numa instituição de origem divina.
O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja,
tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente
aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de
promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo
Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por
inúmeros sofrimentos.
Santo Eugênio, rogai por nós!
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Eugênio III
Bem-aventurado
Papa
+1153
Eugênio III
Bem-aventurado
Papa
+1153
O
papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza
italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu
a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua
cidade natal.
Possuía um temperamento reservado, era
inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130
ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem
dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi
tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido
pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.
Através da convivência com Bernardo de Claraval,
ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da
Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa
Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito
sucessor.
Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem
adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época.
Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados,
especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que
exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao
seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por
isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque
ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos
republicanos.
Ele assumiu o pontificado com o nome de papa
Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para
ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de
1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais
decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu
para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III
retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente,
durou pouco.
Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição
total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a
comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes
para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.
Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas
ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da
Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro
concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz;
promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia
nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano
IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia
percorrendo o norte da Itália.
Só retornou a Roma depois de receber ajuda do
imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda
pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do
palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a
Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da
história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.
FONTE: Paulinas em 2015
Beato Eugênio III | |
Nascimento | Por volta de 1108 |
Local nascimento | Montemagno, entre Pisa e Lucca. |
Ordem | Papa (Monge, ordem de São Bernardo) |
Local vida | Roma |
Espiritualidade | Após ocupar um cargo na cúria episcopal de Pisa, ingressou em 1135 no mosteiro cisterciense de Claraval. Tomou o nome de Bernardo, e São Bernardo foi seu superior naquele mosteiro. Quando o Papa Inocêncio II pediu que alguns cistercienses fossem a Roma, São Bernardo o enviou como chefe da expedição. Os cistercienses se estabeleceram na convento de São Anastácio (Tre Fontane). Após a morte do Papa Lucio II, em 1145, os cardeais escolheram para o suceder e como novo Pontífice mudou o nome para Eugênio e foi consagrado no mosteiro de Farfa. Em janeiro de 1147, aceitou feliz o convite que lhe fez Luis VII para pregar a cruzada na França. Na segunda cruzada não tiveram bons resultados. O Papa permaneceu na França até que o clamor popular pelo fracasso da cruzada lhe tornou impossível permanecer mais nesse lugar. Durante sua estadia naquele país, presidiu os sínodos de Paris, Tréveris e Reims, que se ocuparam principalmente em promover a vida cristã; também fez quanto pode para reorganizar as escolas de filosofia e teologia. Em maio de 1148 voltou a Itália e excomungou a Arnoldo de Brescia (quem em suas piores momentos era u dos líderes demagogos doutrinários de épocas posteriores). São Bernardo dedicou ao Sumo Pontífice seu tratado ascético "De Consideratione", onde afirmava que o Papa tinha como principal dever atender às coisas espirituais e que não devia deixar-se distrair demasiadamente com assuntos que correspondiam a outros. Eugenio III partiu de Roma e permaneceu dois anos e meio na Companhia, procurando obter o apoio do imperador Conrado III e de seu sucessor, Federico Barbarroja. Após sua morte, seu culto foi aprovado em 1872. São Antonio de Pádua o ressalta como a "um dos maiores Pontífices e um dos que mais sofreu". |
Local morte | Tívoli - Roma |
Morte | 08 de julho de 1153 |
Fonte informação | Santo nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que Beato Eugênio III governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. |
Devoção | À proteção da Igreja. |
Padroeiro | Dos perseguidos pela causa de Cristo |
Outros Santos do dia | Abúndio de Córdoba (Márt.); Adriano e Eugênio III (Papas); Agresto, Alberto, Alício, Ampélio, Apolônio, Áquila e Priscila; Auspício (bispo); Benedita, Quiiliano, Colomano e Totmano (márts.); Disbodo (er.); Edgar, Epícteto e Astão (reis); Feliciano Iluminado, Valério (ers.); Heráclio, Itério (bispos); Parnério, Procópio (márts.). FONTE: ASJ |
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