sexta-feira, 14 de julho de 2023


REDAÇÃO CENTRAL, 12 Jul. 16 / 05:00 am (ACI).- São Luís Martin e Santa Zélia Guérin, pais de Santa Teresa de Lisieux, foram o primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia na história da Igreja.
“Os santos esposos (...) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”, disse o Papa Francisco em 18 de outubro de 2015, durante a Missa canonização.
A família, depois de dezenove anos de matrimônio, ante à crise econômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.
Luís Martin trabalhou como relojoeiro e joalheiro, e Zélia Guérin como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.
Luís Martin nasceu em Bordeaux (França) em 1823 e faleceu em Arnières-sur-Iton (França) em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon (França) em 1831 e faleceu em Alençon (França), em 1877.
Ambos foram pessoas devotas desde muito jovens. Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do Grande São Bernardo.
Nenhum dos dois foi aceito, uma vez que Deus tinha outro plano para eles.
Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro.
Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial.
De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.
Entre as cinco filhas que sobreviveram estava Santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.
Quando sua esposa Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pôde cuidar das filhas.
Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas para o Carmelo. O maior sacrifício foi se separar de Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Nossa Senhora da Rosa Mística - Festa 13 de julho


Nossa Senhora da Rosa Mística

Nossa Senhora apareceu a Pierina Gilli, uma enfermeira da cidade de Montechiari, na Itália, no quarto de um hospital onde ela trabalhava, em 1947. Nessa visão, a Virgem apresentava-se como uma belíssima senhora, vestida com uma túnica púrpura e um véu branco. Em seu peito, três espadas cravavam o coração. Seu rosto demonstrava profunda tristeza. Nossa Senhora chorava e disse à enfermeira: "Oração, Penitência e Expiação."
Em uma segunda aparição, Nossa Senhora já aparecia com as espadas substituídas por três rosas: uma branca, uma cor de rosa e uma dourada. Nesta aparição, pediu oração pelos sacerdotes através de uma nova devoção mariana a ser instituída em todo o mundo. Pediu também, que o dia 31 de cada mês fosse consagrado a Ela e que, anualmente, todo dia 13 de julho fosse dedicado à Rosa Mística.
Várias outras aparições à Pierina são relatadas e nelas Nossa Senhora sempre pede a oração e a penitência bem como o cuidado com as instituições religiosas e as vocações sacerdotais. Além disso, realiza muitas curas. Em uma das aparições, manifestou o desejo de ser venerada como Nossa Senhora da Rosa Mística e decretou o meio-dia do dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, como a "hora da graça".
Há uma interpretação para o simbolismo das três espadas e das três rosas que apareceram no coração de Maria. A primeira espada representa a escassez das vocações; a segunda, os pecados mortais dos sacerdotes, monges e monjas e, a terceira, seria a representação do sofrimento pelos dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas. Já as rosas simbolizam: a rosa branca, o espírito de oração; a vermelha, o espírito de expiação e sacrifício e, a dourada, o espírito de penitência - os três pedidos de Nossa Senhora aos fiéis.

Oração à Nossa Senhora da Rosa Mística

Rosa Mística, Virgem Imaculada, Mãe da Graça, para honra de Vosso Divino Filho, nos ajoelhamos diante de Vós, implorando a misericórdia de Deus. Não por nossos méritos, mas, pelo amor de Vosso Coração Maternal, nós vos suplicamos que nos concedais proteção e graça, com a certeza de que nos haveis de atender.

Ave, Maria…

Rosa Mística, Mãe de Jesus, Rainha do Santo Rosário e Mãe da Igreja, corpo místico de Jesus Cristo, nós vos pedimos que concedais ao mundo, dilacerado pela discórdia, a unidade e a paz e todas aquelas graças que podem mudar o coração de tantos de teus filhos.

Ave, Maria…

Rosa Mística, Rainha dos Apóstolos, fazei florescer, à volta dos altares Eucarísticos, muitas vocações sacerdotais, religiosos e religiosas, que difundam, com a santidade de sua vida e com zelo apostólico pelas almas, o Reino de Vosso Filho Jesus por todo o mundo. E derramai sobre nós, também, a abundância de Vossas graças celestiais!

Ave, Maria…

Salve, Rainha…

Maria, Rosa Mística, Mãe da Igreja, rogai por nós!

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA

Ó Maria Santíssima, Senhora Rosa Mística, eu me consagro inteiramente a vós.
Consagro-vos o meu entendimento, para que eu possa sempre vos amar.
Consagro-vos a minha língua, para que eu possa sempre vos louvar.
Consagro-vos o meu coração, para que eu seja totalmente vosso.
Recebei-me, ó Mãe incomparável, no ditoso número de vossos servos. Acolhei-me debaixo de vossa proteção, socorrei-me em minhas necessidades temporais e espirituais e, sobretudo, na hora da minha morte.
Abençoai-me e fortalecei a minha fé para que, amando-vos nesta vida, eu possa contemplar para todo sempre a vossa face, no céu.
Am.
Fonte: Amai-vos


A aparição

Nossa Senhora realizou uma aparição para a enfermeira Pierina Gilli, no quarto de um hospital onde ela trabalhava em Montechiari, na Itália, no ano de 1947.  Na aparição, Nossa Senhora apareceu como uma senhora muito bonita, vestindo um véu branco e uma túnica púrpura. Ela tinha três espadas perfurando seu coração. Ela aparentava estar com uma tristeza muito profunda.  Foi então que a Virgem, chorando, disse à enfermeira: “Oração, Penitência e Expiação.”
A segunda aparição

Passado um tempo, Nossa Senhora realizou uma segunda aparição. Nela, as três espadas se transformaram em três rosas: uma cor de rosa, uma branca e uma dourada.  Quando apareceu, pediu que todos orassem pelos sacerdotes através de uma nova devoção mariana que seria difundida pelo mundo.  Ela também pediu, na aparição, que o último dia de todos os meses fosse consagrado a Ela e que o dia 13 de julho fosse definido como o dia da Rosa Mística.
Mais aparições e milagres

Diversas outras aparições à enfermeira Pierina foram relatadas. Em todas elas, Nossa Senhora da Rosa Mística pedia a penitência, a oração e o cuidado com as vocações sacerdotais e com as instituições religiosas. Além disso, a Virgem curou inúmeros enfermos.  Em uma das aparições, disse que tinha intenção de ser venerada como Nossa Senhora da Rosa Mística e ordenou que o meio-dia do dia 8 de dezembro fosse a festa da Imaculada Conceição, também chamada de “hora da graça”.
A simbologia das espadas e rosas

Existe um significado para as três rosas e para as três espadas que apareceram no coração de Maria. Uma das espadas simboliza a escassez das vocações; outra espada representa os pecados mortais dos religiosos e a última simboliza o sofrimento sentido pelos sacerdotes e monges que cometeram a mesma traição de Judas. Por outro lado, as rosas representam os três pedidos de nossa senhora, sendo eles: o espírito de oração, representado pela rosa branca; o espírito de expiação e sacrifício, simbolizado pela rosa vermelha e o espírito de penitência, simbolizado pela rosa dourada.

Consagração a Nossa Senhora da Rosa Mística

“Ó Maria Santíssima, Senhora Rosa Mística, eu me consagro inteiramente a vós.
Consagro-vos o meu entendimento, para que eu possa sempre vos amar.
Consagro-vos a minha língua, para que eu possa sempre vos louvar.
Consagro-vos o meu coração, para que eu seja totalmente vosso.
Recebei-me, ó Mãe incomparável, no ditoso número de vossos servos. Acolhei-me debaixo de vossa proteção,
socorrei-me em minhas necessidades temporais e espirituais e, sobretudo, na hora da minha morte.
Abençoai-me e fortalecei a minha fé para que, amando-vos nesta vida, eu possa contemplar para todo sempre a vossa face, no céu.
Amém.”


A mensagem de Nossa Senhora Rosa Mística

Nossa Senhora Rosa Mística, em suas primeiras aparições, nos deixa uma mensagem de fé e de esperança para toda a Igreja.

Em sua mensagem, Nossa Senhora Rosa Mística nos convida a entrar na dinâmica da graça que animou toda a sua existência terrena. As primeiras aparições da Rosa Mística aconteceram em Montichiari (Montes Claros), na Itália, e deram início à esta devoção, que se espalhou por todo o mundo, conforme foi prometido por ela. Nossa Senhora, que apareceu na noite entre 23 e 24 de novembro de 1946 à irmã Pierina Gilli sob o título de Rosa Mística, nos convida a nos voltar para o seu Coração Imaculado e nele encontrar o espírito de “oração, penitência e sacrifício”, que tanto agrada o Sagrado Coração de Jesus Cristo, seu amado Filho. A mensagem da Rosa Mística aponta, à luz do seu “sim” ao mistério da Encarnação do Verbo1, para o “sim” que somos todos chamados a dizer para a vontade de Deus em nossas vidas. Como a Virgem de Nazaré, somos impelidos pelo Espírito Santo a dizer: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”2. E, movidos também pelo Espírito de Deus, como a irmã Pierina, somos chamados acolher a mensagem da Rosa Mística.
Aos nos deparar com o título de Rosa Mística, podemos pensar em muitas coisas e nos desviar daquilo que é a essência da mensagem das aparições de Nossa Senhora. Para nos livrar deste erro, a própria Virgem Maria, na sua terceira aparição, responde à irmã Pierina: “o nome Rosa Mística não tem, em si, nada de novo. De Rosa Mística fui chamada naquele momento em que meu Divino Filho Jesus se fez homem. Na Rosa Mística está simbolizado o FIAT da Redenção3 e o FIAT da minha colaboração4. Eu sou a Imaculada Conceição, a Mãe do Senhor, a Mãe da Graça e a Mãe do Corpo Místico: a Igreja! A graça do Senhor e a sua misericórdia ainda farão florescer a Rosa Mística na Igreja. […] E, se atenderem ao meu maternal convite, Montichiari se tornará o lugar do qual a luz mística se irradiará para todo mundo. Sim, tudo isso acontecerá!5”
Em sua primeira aparição, em 1947, Nossa Senhora aparece com o semblante triste, com um manto roxo e tinha três espadas cravadas em seu peito. Nesta aparição, os lábios da Virgem Maria se abriram somente para dizer docemente: “oração, sacrifício e penitência”, depois ela ficou em profundo silêncio. Na segunda aparição, a Rosa Mística explica o significado dessas três espadas: a primeira espada significa a perda culposa da vocação sacerdotal ou religiosa; a segunda espada, a vida em pecado mortal das pessoas consagradas a Deus; a terceira espada, a traição daquelas pessoas que, ao abandonarem sua vocação sacerdotal ou religiosa, perdem também a fé e se transformam em inimigos da Igreja6.
Assim, Nossa Senhora Rosa Mística é a Mãe de Deus, a Mãe da Graça e a Mãe do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja! Como nos indicou a Rosa Mística, desde a sua primeira aparição, nos coloquemos em “oração, sacrifício e penitência” pelas almas consagradas ao Senhor, especialmente pelos sacerdotes, que são os filhos prediletos da Virgem Maria. Transformemos em lindas rosas as espadas que, pela infidelidade dos servos e servas de Deus, foram cravadas em seu coração de Mãe. Rezemos, de modo especial, o Rosário Mariano, como recomendou a Mãe da Igreja à irmã Pierina para dizer a todos nós: “diga a meus filhos que rezem o santo terço”8. Nossa Senhora Rosa Mística, rogai por nós!
Nesta mesma aparição, a Virgem Mãe de Deus estava vestida de branco e no peito, no lugar das três espadas, tinha três lindas rosas, nas cores branca, vermelha e amarelo-dourada, que simbolizam a reparação das “espadas”. A rosa branca significa o espírito de oração com o qual devemos pedir a reparação das vocações traídas, pelas vocações sacerdotais e religiosas. “O brilho da rosa vermelha é para lembrar o espírito de sacrifício, para reparar os pecados mortais cometidos pelas almas consagradas a Deus e mostrar a misericórdia do Senhor que deseja reavivar a chama do amor nos corações”7. A rosa amarelo-ouro significa o espírito da penitência em favor do clero, em reparação ao espírito de traição de Judas.

Referências:
1 Cf. Lc 1, 26-38.
2 Lc 1, 38b.
3 A aceitação amorosa, o faça-se (do latim fiat), da Virgem Maria ao sacrifício de seu Filho Jesus Cristo no Calvário. Cf. Jo 19, 25-27.
4 O acolhimento sem reservas, o faça-se (do latim fiat), da Virgem Maria à vontade do Altíssimo, ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Cf. Lc 1, 38.
5 VENTURA, Gregório. Rosa Mística: o jardim celestial perfeito. São Paulo: Palavra & Prece, 2013, p. 97-98.
6 VENTURA, Gregório. Op. cit., p. 101.
7 Idem, p. 100.